Por Rafaela Viana

Atualmente, a rede social que mais cresce em números, visualizações e popularidade é ninguém mais, ninguém menos que o maioral das trends: o TikTok. São um bilhão de usuários ativos por mês e 60% deles são da geração Z.

A geração Z é composta por pessoas nascidas entre o final da década de 1990 e 2010. É um grupo que cresceu em uma fase do digital em que as informações precisam ser processadas de forma ágil e eficiente. E o TikTok se tornou a plataforma perfeita para essa finalidade.

Créditos: Unsplash

De acordo com a Her Campus Media, empresa de mídia e marketing universitário, 51% desses jovens prefere o TikTok como mecanismo de pesquisa, invés do Google. Mas essa inclinação pode ser alarmante para o nosso atual rei das buscas? Continue a leitura e descubra!

Leia mais sobre redes sociais: Afinal, o Facebook morreu?

O TikTok deseja ser o novo Google?

No início do ano, o TikTok realizou uma parceria com o IMDb, o banco de dados de filmes on-line. A colaboração possibilitou o lançamento de uma ferramenta para permitir que os usuários marquem produções audiovisuais em seus vídeos. Já em agosto, a plataforma também decidiu monetizar os resultados de busca com patrocinados entre os vídeos orgânicos.

Apesar das novas atualizações se assemelharem com o que o Google faz, não parece que seja uma estratégia com razões diretamente competitivas. De acordo com a agência VMLY&R, a finalidade dessas ações apenas confirmam o interesse do TikTok em manter o usuário o maior tempo possível dentro de um aplicativo que “tem de tudo”.

Créditos: Postgrain

O fato é: a busca precisa se tornar mais inteligente à medida que essa demanda cresce dentro da plataforma, enriquecendo assim suas funções. Ou seja, é natural que a geração Z se veja também cada vez mais imersa no TikTok, afinal, esse é o objetivo após muitas pesquisas em torno desse perfil jovem que tanto consome conteúdo nela.

Confira o que Bradian Muliadi, CEO da Analisa.io, fala sobre o assunto em artigo para a Forbes:

“Seja para entretenimento ou educação, os jovens geralmente preferem consumir conteúdo em formato de vídeos ricos. Inclusive quando este é comercializado, já que eles são atraídos por abordagens de publicidade autênticas. Isso é o que torna os vídeos e até as publicidades do TikTok tão atraentes.”

Falando em TikTok, confira: [REVIEW] Testamos o Gerador de Scripts do Tik Tok

O que dizem os números?

Ainda segundo a pesquisa da Her Campus Media, com 1.821 respostas de jovens norte-americanos, 74% da geração Z utiliza a lupinha do TikTok para buscar informação. Os motivos são múltiplos, confira:

Formato em vídeo dos resultados – 69%

Respostas personalizadas – 47%

Respostas mais relacionáveis – 65%

A verdade é que esse comportamento de direcionar dúvidas a outras plataformas, além do Google, já era uma realidade até mesmo no Instagram.

Foto: Prabhakar Raghavan / Créditos: David Paul Morris/Bloomberg

Durante conferência, o próprio vice-presidente sênior do Google, responsável pelo Google Search, Prabhakar Raghavan, se pronunciou a respeito:

“Os jovens perguntam de uma forma diferente. Eles não têm expectativas e mentalidades com as quais estamos acostumados. Por exemplo, eles não conhecem um mapa aberto em cima de uma mesa, e isso é um problema para o Google Maps. Eles se interessam por formas visualmente ricas e, por isso, temos que evocar experiências totalmente novas, o que requer tecnologias novas.”

Uma “ameaça” que se transforma em oportunidade

Prabhakar Raghavan, na verdade, não se mostra alarmado a respeito dos números que ele mesmo divulgou, revelando que 40% do público jovem dos Estados Unidos costuma realizar pesquisas em aplicativos de vídeos curtos. Mas não é como se a plataforma estivesse de olhos fechados para as tendências, considerando a criação do Google Bard, concorrente do ChatGPT.

O conteúdo do TikTok (ou até mesmo reels), consegue reter uma atenção maior do usuário, com uma performance SEO mais eficaz que formatos longos, exigentes de uma certa atenção e tempo. Isso mostra que as pessoas ditam mais o comportamento de consumo que as marcas, expondo assim a necessidade de personalizar cada vez mais a experiência do usuário e as recomendações do algoritmo.

Foto: Conferência “Mecanismos de Busca e Sociedade: Qualidade da Informação e Potencial da Inteligência Artificial” com Prabhakar Raghavan
Créditos: Marcos Santos/USP Imagens

Talvez o Google não precise mesmo, de imediato, se preocupar em ser destronado como rei das buscas, no entanto, as demandas dos usuários crescem e se transformam com o passar das gerações. Tendências como parcerias com creators, influenciadores, e até mesmo com outras marcas, se fazem gradualmente mais presentes e quem sabe até aonde nos levarão.

De qualquer forma, estamos ansiosos para descobrir o que esses grandes nomes do mercado farão e como se adaptarão às tendências de novas gerações.

Gostou do conteúdo? Confira mais como esse aqui.

Fontes: Por que a Geração Z gosta tanto do TikTok?

O TikTok pode rivalizar com o Google como mecanismo de busca?

Segundo pesquisa 51% dos mais jovens preferem o TikTok para buscas e não o Google

#tiktok #geraçãoz #geraçãoznotiktok

Você também pode gostar dessa leitura:

O fim do Google para a Geração Z?

Entenda a ascensão meteórica do TikTok e como ele desafia o Google na posição de plataforma de busca preferida da geração Z.