Lumière Publicidade

Ted Wilson – 25 de novembro de 2022

Se você é do mercado publicitário ou um curioso de assuntos do marketing digital, com certeza já ouviu falar do David Ogilvy, o Co-fundador da Ogilvy & Mather, uma das maiores empresas voltadas para o ramo de publicidade do mundo.

Em um dos seus artigos, ele aborda 38 lições aprendidas durante a sua jornada como publicitário e o insight de hoje vai comentar sobre a lição número 9: segmentação psicológica.

A tradução livre do parágrafo é:

Segmentação Psicológica.

Qualquer boa agência sabe como posicionar produto por segmento demográfico: para homens, para mulheres, crianças, pessoas do interior, do sul, etc.

Mas a Ogilvy & Mather aprendeu o quanto é valioso posicionar produtos por segmento psicológica.

Nosso anúncio da Mercedes-Benz, por exemplo, está posicionado para não conformistas que zombam do símbolo de status e rejeitam esnobismo picaretas.

O cenário em que vivia Ogilvy era basicamente analógico, diferente do atual que é repleto de recursos tecnológicos.

Logo, em palavras mais conhecidas do marketing digital, Ogilvy falava acerca da comunicação em nichos, baseada em pesquisa de dor, desejo e procura de solução pelos consumidores.

Será que o que ele escreveu em 1972 sobre “não conformistas que rejeitam esnobismo picareta” continua valendo até hoje para a Mercedes? Olha um anúncio da campanha criada para a Mercedes-Benz, na Colômbia:

Não há esnobismo, há a divulgação de um sistema de segurança de direção que ajuda os motoristas a manterem uma distância segura e automática de outros carros para evitar acidentes.

Outro exemplo de segmentação psicológica/comunicação em nicho, está na campanha da Danoninho de 1974. O slogan “Danoninho vale por um bifinho” foi criado pelo premiado publicitário Alex Periscinoto e buscava passar a mensagem que um pote de Danoninho tem o mesmo conteúdo nutricional de um pedaço de carne de 180 gramas, a fim de atingir os pais preocupados com a nutrição dos filhos.

Percebem? Existe um segmento demográfico: pais de filho pequeno. Mas, a campanha foi pensada nos pais que sabem do poder da alimentação nutritiva e equilibrada.

Muitas vezes essa segmentação psicológica se trata de uma urgência oculta, seu lead ainda nem pensa que tem o desejo ou dor. E aí que entra o papel do bom e velho marketing. Para muitos, o digital.

Fonte: Transformando palavras em dinheiro, Ícaro de Carvalho – São Paulo, Buzz, 2020.

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